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O que é o Canabidol e qual a sua relação com a “planta da maconha”?

POR dr. Fábio Limonte | Neurologista

O médico desmistifica o uso do canabidiol. Dentre as doenças abordadas, temos a Epilepsia, Doença de Parkinson, Fibromialgia, Demências (incluindo Alzheimer), Esquizofrenia e Autismo.

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Vamos direto ao ponto! O Canabidiol também é conhecido pelas siglas CBD, uma das mais de 400 substâncias químicas encontras na planta da Cannabis Sativa, vulgarmente conhecida como “maconha”. Diferente do uso recreacional da “maconha”, o CBD não causa efeitos alucinógenos. Ele tem propriedades médicas e atua no sistema nervoso central e periférico, bem como músculos e glândulas por ligação com o receptor CB2 que é um componente do sistema endocanabinoide.

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Além do CBD, outras sustâncias estão sendo estudas, como o tetrahidrocanabinol (THC), um componente alucinógeno da canabis que se liga ao receptor CB1, o Canabigerol (CBG), que ajuda a reduzir náuseas e vômitos associado a quimioterapia e tem demostrado potencial para inibir crescimento de células cancerígenas e Canabinol (CBN), que auxilia na regulação do sono e sintomas de ansiedade e depressão.

Dr. Fábio Limonte | Fotografia: Divulgação

E o que seria o sistema endocanabinoide?
O sistema endocanabinoide é um grupo de receptores que recebe esta denominação pois são ativados por sustâncias produzidas pelo nosso corpo e que tem grande semelhança na estrutura química com os provenientes da cannabis. Este sistema é fundamental na regulação e no equilíbrio de uma série de processos fisiológicos do corpo humano, a que denominamos homeostase. Entre outras funções, ele oferece condições naturais para que o organismo se favoreça das propriedades terapêuticas da cannabis no enfrentamento de uma série de doenças.

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Agora, quais as doenças que têm indicação para uso de derivados na Cannabis?

Neste aspecto, existe um paradigma a ser quebrado. No início da terapia com canabiol, ele era usado como uma alternativa após todas as tentativas com as medicações convencionais. Hoje sabe-se que em muitos casos de epilepsia em crianças (Síndrome de Lennox-Gastaut e Síndrome de Dravet), ele deve ser usado como fármaco de primeira linha, ou seja, aquele indicado como primeira opção de tratamento.

Para além das epilepsias, os canabinoides estão sendo usados em algumas doenças neurodegenerativas, tais como a doença de Parkinson e as síndromes demenciais (como a demência de Alzheimer).

Outro uso é na dor crônica e pacientes com fibromialgia na dose inicial de CBD 10mg/dia ajustando até o alívio da dor. Dentre outras patologias tipificadas como alterações comportamentais: autismo e a esquizofrenia.

É importante salientar que o CBD interage com vários medicamentos (inclusive fármacos antiepilépticos), drogas anti-hipertensivas e que o CBD tem efeito colaterais em alguns pacientes. Por este motivo, a terapia com qualquer canabinoide sintético deve ser guiada por um profissional atualizado e competente nesta área.

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