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Dra. Flávia Vieira de Almeida | Fotografia: Estúdio Revista Angel
Flávia de Almeida é advogada e atua nas áreas da Família e Cível, utilizando, sempre que possível, os métodos de solução de conflitos, ou seja, a Conciliação e Mediação.
Escolheu o caminho do Direito de Família um tempo depois da partida da sua mãe. Com o passar dos meses, começou a perceber que sua dor era a mesma de outras famílias, a dor em falar da perda, a dor em chamar entes para discutir sobre partilha, tendo em vista que existe prazo. “O período de luto parece não existir quando se fala em dinheiro e partilha, mas ele está ali trancado a sete chaves”.
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Dra. Flávia é nascida e reside em Santo André – São Paulo. Trabalha com Direito há 22 anos e, na área da Família, desde 2006. Hoje, atende clientes por todo o Brasil.“Me formei em julho de 1999 e nos primeiros anos trabalhei em quase todas as áreas”. Tem título de bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade Braz Cubas (UBC) e relata que sua grande emoção foi a colação de grau e o abraço de sua mãe naquele momento.
A profissional também tem, em seu currículo, vários cursos de extensão universitária, de capacitação, de oficinas e uma pós-graduação em Direito de Família, Sucessões e da Diversidade, com qualificação para o ensino superior pela Escola de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de São Paulo (ESA).
Flávia Vieira de Almeida
Por duas gestões, representou a OAB/SP, 38ª subseção Santo André, como Conselheira Titular no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Santo André, onde se encantou pela luta em prol da mulher e seus direitos e desafios no âmbito familiar.
Não tem um método fixo de trabalho. “Cada pessoa e cada atendimento são singulares e vou me adequando a cada situação. Reservo o tempo necessário para me dedicar plenamente aos meus clientes em cada reunião. Assim, quando percebo que o elo foi criado, a parte fica tão à vontade que passo de doutora para “flavinha”, sinto que o meu objetivo foi alcançado, consegui a confiança do cliente”.
Em tantos anos de atividade, Flávia se emociona ao nos contar um de seus diversos casos marcantes na profissão. “Esse é o caso da adoção de um menino lindo de 3 aninhos, na época, hoje está com 14. Como sempre converso com as partes envolvidas e acabo criando um vínculo de confiança em um certo dia no fórum o juiz pede para ouvir o pequeno e falante menino sozinho. Foram poucos minutos que pareceram horas. Aquele corredor enchia e esvaziava e nada dele aparecer. Se eu estava aflita, imagine os pais. A porta da sala do juiz então se abre e lá vem ele com doces na mão correndo com aquelas perninhas curtinhas lindas. Pensei, vai correr para os braços da mãe (risos). Mas não, ele correu e pulou no meu colo. Tia, ele disse, tenho papai e mamãe, o moço falou. Tia, se bagunçar a tia vem aqui me devolver? Lógico que não, meu amor, falei. Todo mundo deu risada, até o juiz, que saiu ao ver o menino correndo. Foi tão emocionante e divertido.”
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Uma de suas caracaterísticas é a de não se acomodar nunca. Para ela, a missão é sempre ser melhor que ontem. “Muita coisa evoluiu, com certeza. Meu primeiro processo redigi na máquina de escrever. Os jovens advogados não sabem o que é escrever e ter que rasgar a folha quando percebe que há algo novo para incluir em uma petição. Hoje em dia, tenho os meus computadores, tablet e smartfone. A atualização e aprendizado são fundamentais. Em meus estudos e minha carreira, busco sempre estar um passo à frente para lidar com a concorrência nesse mercado cada vez mais acirrado.”
Tem vários planos e metas. “Quero fazer uma nova pós-graduação, cursos no exterior e mais atualizações na área da Família. E, lógico, quero ter tempo para usufruir ao lado de meu marido Herbert, que me apoia sempre e tempo para o meu pai, Sr. José. Sem ele, não estaria neste exato momento escrevendo para vocês. Graças ao meu pai e minha mãe Catariana, me formei em Direito sem precisar trabalhar, enquanto eles trabalhavam como ambulantes nas ruas de Santo André, fazendo sol ou chuva”.
“Para mim, não existem princípios sem valores e meu caráter pessoal e profissional são como um elo: um não sobrevive sem o outro. Como sobreviver nesta sociedade complicada sem tolerância, sem confiança, sem prudência, sem justiça, sem caridade e sem bravura? O elo estará sempre ao meu lado, me guiando para o meu melhor pessoal e profissional.”
Em sua trajetória, Flávia gostaria de ser lembrada como uma força positiva na vida das pessoas, que as ajudou e pôde fazer a diferença.
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