Gente que faz a diferença

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É possível emagracer e comer bem. Sem culpa.

Por Revista Angel

Segundo Sophie, as dietas restritivas não só fracassam 95% das vezes, como propiciam o ganho de peso no longo prazo. Confira nosso papo com a nutricionista e autora do livro “O peso das dietas”.

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Dra. Sophie Deram | Fotografia: Divulgação

Quais são os principais mitos sobre dietas que você aborda em seu livro? Por que é importante desmistificá-los?
No livro, são dezenas e dezenas de mitos que estou desconstruindo. Agora, talvez, vou falar dos mitos mais importantes. Primeiro, usar cálculo de calorias para emagrecer. A gente sabe que fazer dieta restritiva, cortar calorias não funciona. A gente vê que emagrece no começo e depois a pessoa volta a engordar. Mas também, alimentos não são calorias. Se você só olhar a nutrição com o número de calorias, você se engana muito. É o que a gente chama de reducionismo. Os alimentos são informações, não só calorias. Se você só pensa em calorias, você vai avaliar uma lata de refrigerante e avaliar que ela está igual a um prato cheio de salada, pepino ou cenoura: 150 calorias. Seu corpo não ingere calorias, seu corpo ingere comida. Você entende que se você recebe 150 calorias de um refrigerante, não vai dar o mesmo resultado do que 150 calorias de um prato de salada?

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Outro mito é a gordura que se tem que evitar para emagrecer. Como se a gordura que fizesse engordar. Não é a gordura que faz engordar. Inclusive, precisamos sim de gordura. Quando você corta gordura de uma alimentação, a tendência é comer muito mais carboidratos. Agora, da mesma maneira, outro mito é carboidrato que faz engordar. Não, não é carboidrato que faz engordar. Se você corta o carboidrato, você pode emagrecer sim no começo, mas é um emagrecimento não saudável (água e músculo) devido ao fato que seu corpo está faltando gasolina, então ele vai usar as reservas. Mas não é culpa do carboidrato, é culpa de uma dieta restritiva demais. Agora é muito importante desmistificá-los porque a gente vê que as pessoas estão adoecendo pela preocupação com a comida. O que comer, o que não comer, o que eu posso, o que não posso. Isso, em vez de ajudar a melhorar a saúde, acaba colocando a pessoa numa prisão. Indo além do risco de engordar, mas também prejudicando a saúde mental.

Como podemos incentivar uma alimentação balanceada em um mundo que muitas vezes promove dietas extremas e rápidas?
Eu tenho três dicas. Primeiro, pare de fazer dieta restritiva. A solução é comer, mas comer melhor, com melhor qualidade e com melhor comportamento. A segunda dica é comer mais alimentos frescos e caseiros, e menos ultraprocessados. E a terceira dica é cozinhar. A gente vê que pessoas que cozinham pra si vão ter uma melhor alimentação e menos risco de obesidade e diabetes tipo 2.

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As restrições alimentares muitas vezes acabam intensificando o desejo pelos alimentos proibidos durante a dieta que, por fim, acabam levando aos excessos ou frustações. Como lidar com esse ciclo?
Então, excelente, sim, restrições alimentares. Até que parece fácil no começo, mas a gente vê que quanto mais restrições se faz, mais risco você tem de perder controle. E quando tem predisposição para a compulsão alimentar, pode até desencadear a compulsão alimentar, que é o comer em quantidade muito maior do que uma pessoa normal, são quantidade maiores, mas também com sensação de perda de controle escondido, então com certeza as restrições levam a exageros e risco de compulsão.

Como lidar com esse ciclo? Parar o ciclo. O que a ciência nos fala é que o melhor jeito é parar de fazer dieta, parar de fazer restrição, ou seja, comer. Não comer qualquer coisa a qualquer momento, e sim ter uma rotina, horários regulares para comer, fazer refeição que tenha cara de refeição, tentar fazer um lanche da tarde ao invés de beliscar a tarde inteira e rever seu comportamento alimentar, fazer terapia nutricional.

Eu formei centenas de profissionais no Método Sophie de terapia nutricional para justamente ajudar as pessoas a fazer as pazes com a comida. Então, fazer terapia nutricional, comer melhor e ver que por consequência a pessoa acaba comendo menos e mais em paz, sem tanto exagero e também diminuindo o comer emocional. Bon appetit.

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